21/01/2009







Teus poemas não os dates nunca...



Um poema



Não pertence ao Tempo...



Em seu pais estranho.



Se existe hora é sempre a hora extrema.



Quando o Anjo Azrael nos estende ao sedento



Labio o cálice inextinguivel.



O que tu fazes hoje é o mesmo poema.



Que fizeste em menino.



E o mesmo que,



Depois, que tu te fores



Alguém lerá baixinho e comovidamente,



A vivê-lo de novo.



A esse alguém



Que talvez nem tenha ainda nascido,



Dedica pois, teus poemas,



Não os dates porém



As almas não entendem isso!...



(Mário Quintana)